Na última quarta-feira, dia 9, o bushel de soja atingiu US$ 15,00 na Bolsa de Chicago, o maior preço nos últimos 10 meses. Isso porque o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o relatório mensal de abril de oferta e demanda mundial de grãos e apontou um estoque americano de soja abaixo da expectativa do mercado. O volume passou de 3,9 milhões para 3,7 milhões de toneladas, o suficiente para apenas 15 dias de consumo.
De acordo com o relatório, a produção mundial foi reajustada para 284,06 milhões de toneladas contra 285,43 milhões de toneladas do relatório de março/14. Já os estoques mundiais passaram de 70,64 milhões para 69,42 milhões de toneladas. Para os Estados Unidos foram mantidos os dados de produção e produtividade do relatório anterior, com produção prevista em 89,51 milhões de toneladas e 49,1 sacas por hectare, respectivamente.
Os estoques finais norte-americanos caíram de 3,95 milhões de toneladas para 3,67 milhões de toneladas, um corte acima do esperado pelo mercado. As importações norte-americanas passaram de 950 mil para 1,77 milhão de toneladas e, de acordo com o divulgado, reduziu o volume residual de 330 mil toneladas para zero. As exportações americanas cresceram de 41,6 milhões para 43 milhões de toneladas.
Quanto à América do Sul, para o Brasil o relatório retificou a produção brasileira de 88,50 milhões para 87,5 milhões de toneladas. Para a Argentina o relatório manteve a produção em 54 milhões de toneladas. O Paraguai tem estimativa de produção de 8,1 milhões de toneladas.
O mercado respondeu favoravelmente ao relatório do USDA, com maio alcançando US$ 14,95 bushel, o maior valor nos últimos dez meses.
O USDA revisou a produção mundial de milho, passando de 966,63 milhões para 973,90 de toneladas. Os estoques globais foram reajustados para 158 milhões de toneladas. O USDA manteve a produção norte-americana em 353,71 milhões de toneladas. As exportações passaram de 41,96 para 44,45 milhões de toneladas. O estoque final norte-americano foi reduzido de 36,98 milhões para 33,82 milhões de toneladas.
O relatório reavaliou a produção brasileira para 72 milhões de toneladas contra 70 milhões do relatório de março. A Argentina teve inalterada a produção, mantida em 24 milhões de toneladas. Para a China o relatório manteve a produção em 217 milhões de toneladas.
Por Gilda M. Bozza – economista do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP
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