Nesta quarta-feira (13), em Brasília, o Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR) se reunirá para estabelecer as regras e valores de apoio ao seguro do milho da segunda safra, plantado entre janeiro e abril de 2015.
Segundo informações de mercado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) destinará apenas R$ 20 milhões para essa cultura no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural.
No entanto, a demanda de apólices contratadas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná foi de R$ 58,5 milhões, para atender em torno de 5 mil produtores. O milho é considerando o seguro agrícola com maior custo no Brasil, pois a cultura tem alto risco de produção, sendo suscetível aos problemas climáticos como as geadas.
Caso não se reverta essa decisão do MAPA no Comitê, a medida vai gerar R$ 38,5 milhões em prejuízos financeiros aos agricultores, que serão cobrados pelas companhias seguradoras para quitarem a parte da taxa prêmio que deveria ter sido arcada pelo governo federal.
Embora o orçamento de 2015 do programa tenha R$ 668 milhões, dos quais R$ 390 milhões estão comprometidos com a safra de verão do ano passado e o trigo desse ano, sobrariam ainda R$ 278 milhões para as demais culturas, não havendo razão para reduzir os recursos do milho safrinha plantado em 2015.
Diante disso, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette encaminhou ofício ao Instituto Pensar Agro (IPA), à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e à bancada do Paraná no Congresso Nacional. No documento é solicitado ações junto ao MAPA para aprovação de recursos da ordem de R$ 58,5 milhões para o seguro do milho da segunda safra, “evitando que os produtores arquem injustamente com este valor junto às seguradoras”.
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