O Paraná pede ao governo federal que no Plano Safra 2012/13 destine um volume maior de recursos para financiar a agricultura e reduza a taxa de juros.
Em encontro realizado nesta segunda-feira em Curitiba com o secretário nacional de Política Agrícola do Ministério, Caio Rocha, representantes do agronegócio paranaense pediram também mais investimentos em seguro rural e inovação tecnológica.
O Estado pede a destinação de R$ 150 bilhões (ante R$ 107 bi de 2011/12) para o custeio, investimentos e comercialização da safra agrícola no ano agrícola 2012/13. Desse total, R$ 128 bilhões são para a agricultura empresarial e R$ 22 bilhões para a agricultura familiar.
Em nota divulgada pelo governo do Estado, o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca que Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram perdas de produção neste ano por causa da estiagem.
"Pedimos ao governo federal que leve em conta as dificuldades enfrentadas na região Sul do País e reduza a taxa de juros, para que o agricultor possa carregar parte das dívidas que estão se acumulando e tenha condições de investir no plantio da próxima safra", afirma na nota.
A nota do governo informa que Caio Rocha concordou com as apreensões do setor agrícola paranaense e acenou com a possibilidade de ajustes no Plano Safra, principalmente para os produtores atingidos pela estiagem.
Para Rocha, há expectativa de aumento dos recursos previstos para o Plano Safra porque a meta do governo federal é impulsionar as exportações e a qualificação da produção.
Rocha afirmou que, em primeiro lugar, o Ministério da Agricultura vai equacionar como fará o rebate dos financiamentos dos agricultores atingidos pela estiagem.
Segundo ele, isso será possível após ouvir as propostas dos demais estados do Sul, também afetados pelo clima, e elaborar o novo plano safra, a ser lançado no dia 30 de junho.
O secretário também acenou com a possibilidade de beneficiar o produtor associado às cooperativas para fortalecer essa fidelização. PROPOSTAS – Entre as propostas apresentadas pelo Paraná para o Plano Safra está a redução dos juros dos financiamentos.
Para as operações de custeio, a proposta é de que os juros caiam em um ponto porcentual, de 6,75% ao ano para 5,75%. Ainda nas operações de crédito rural, o Paraná defende a isenção da Taxa de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que atualmente é de 0,38% sobre as transações.
Para o seguro rural, o Paraná defende a recomposição dos valores anunciados – que foram contingenciados, segundo o secretário Caio Rocha. O valor inicial previsto pelo governo federal para o seguro rural era de R$ 670 milhões para a safra 2011/12, mas foram aplicados somente R$ 174 milhões.
A secretaria da Agricultura e as entidades defendem que esses recursos sejam integralmente liberados para amparar o produtor.
Fonte: Sou Agro
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