O “Corn Belt”, o cinturão do milho, forma uma espécie de mancha no mapa dos Estados Unidos, identificando a maior região produtora desse grão no mundo. Os solos são profundos, férteis e ricos em matéria orgânica e nitrogênio, as terras são planas, as noites quentes, dias quentes e chuvas bem distribuídas na região durante o período de crescimento são as condições ideais ao cultivo do milho. No meio oeste americano, o cinturão se distribui entre os estados de Indiana, Illinois, Iowa e Missouri, onde a maioria das fazendas possui em média 120 hectares e são operadas pelos seus próprios proprietários, porque boa parte dos serviços complementares são terceirizados.
O último relatório do USDA (o Departamento de Agricultura dos EUA) dá a dimensão da produção dessa região, ao estimar em 353 milhões de toneladas, ou quase 30% da produção mundial do grão (981 milhões de toneladas na safra 2014/2015). O Brasil deve produzir 74 milhões de toneladas, exportando cerca de 20 milhões de toneladas de milho.
Nas duas últimas semanas, o segundo grupo de produtores rurais da viagem técnica promovida pelo Sistema FAEP percorreu mais de 3.000 quilômetros por propriedades e centros de pesquisas dos estados que compõem o cinturão de milho, e Toronto, no Canadá. Tarimbados pela infraestrutura e logística brasileira os 20 produtores se surpreenderam com a eficiência disponível fora das porteiras. É um cenário que complementa a organização, o planejamento e o uso de altas tecnologias nas propriedades rurais. “Essa é a primeira vez que andei de avião e também minha primeira viagem ao exterior. Estou impressionado com tudo o que estou vendo por aqui, principalmente, com a infraestrutura”, relatou o relatou o presidente do Sindicato Rural de São João do Caiuá, Maurício Luiz Vituri, 70 anos, comemorados no décimo segundo dia de viagem.
“Existem duas realidades completamente diferentes quando comparamos a agricultura no Brasil e os Estados Unidos. Aqui há um uso intensivo de maquinário e a família participa de todas as atividades rurais na propriedade. Sem contar que a maioria dos fazendeiros mora na área rural, diferente do que geralmente ocorre no Brasil”, comparou o produtor Paulo Cezar Vallini, diretor secretário do Sindicato Rural de Cascavel, algo percebido também pelo presidente do Sindicato Rural de São José dos Pinhais, Hamilton Possebon.
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