A 30 quilômetros de Curitiba, nos jardins da Serra do Mar, há um intocável paraíso de 1.100 hectares ocupado por plantações exóticas e nativas. É o Vale das Trutas, onde sete tanques de engorda ligados entre si estão povoados por mais de dois mil peixes exigentes de água limpa, fria e de nascente. Na área plantada no município de Piraquara, a 1.100 metros de altura, junto aos mananciais da Serra do Mar que garantem parte da água consumida na capital, um gaúcho de Farroupilha, Heitor Slomp, instalou esse criadouro, um dos 10 existentes no país.
Os contornos das montanhas, revoada de pássaros e o ar fresco da serra se soma a um lago de águas cristalinas, formando um cenário único que apenas nos finais de semana é invadido. Uma invasão ao restaurante que Heitor mantém numa construção rústica que não quebra o ambiente. “Há 25 anos comprei a propriedade e instalei a criação de trutas por aqui”, conta o descendente de italianos.
O negócio não é para qualquer um. Originária do Canadá, a prima do salmão, é extremamente exigente. Para criá-la, a água deve ser abundante, de nascente, fria (uma média de 15 graus), limpa, corrente, com pH neutro (entre 6,5 e 8,5) e 100% oxigenada. “Se o rio estiver poluído, a truta morre em 15 minutos”, observa.
Heitor engorda em cativeiro mais de 2.000 trutas da espécie “arco íris”, nome que ganharam por causa das manchas coloridas espalhadas pelo corpo. Pelos tanques passam 5.000 litros de água, renovados de 15 em 15 minutos. “O fluxo de água deve ser constante”, explica, acrescentando que uma vez por semana precisa limpar com bombril os tanques construídos à base de cerâmica.
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