As chuvas que atingiram nesta sexta-feira (13) os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, segundo e terceiro produtores de soja do Brasil, foram generalizadas nas regiões mais ressecadas e devem colaborar para estancar o processo de quebra de safra nas lavouras, disseram fontes oficiais. O Paraná é ainda o maior produtor de milho do Brasil.
"Choveu em toda a região, no norte, oeste, sudoeste, a região mais seca do sudoeste recebeu chuvas… Em algumas áreas, choveu 100 milímetros", disse o agrônomo Otmar Hubner, diretor do Deral, órgão do governo do Paraná.
"A previsão meteorológica e a chuva de hoje são seguramente a melhor notícia do ano e dos últimos meses para agricultura gaúcha", disse à Reuters o diretor-técnico da Emater, Gervásio Paulus, do governo do Rio Grande do Sul.
Segundo ele, as chuvas atingiram a metade norte do Rio Grande do Sul, justamente a área que necessitava mais de umidade e que é a principal região produtora de soja e milho.
A precipitação média acumulada no Paraná e Rio Grande do Sul, antes das chuvas desta sexta-feira, não passava de 10 mm em janeiro, segundo dados da Somar Meteorologia.
Os agrônomos ressalvaram, no entanto, que dificilmente as lavouras com perdas serão recuperadas.
A Emater trabalha com perdas de mais de 15% na soja, na comparação com a estimativa inicial, para 8,7 milhões de toneladas.
Já o Deral vê perdas de pelo menos 10 por cento ante a projeção inicial para a soja, para 12,72 milhões de toneladas.
Fonte: Reuters
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